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  • VOCÊ SABE O QUE É O TAS?
 
Confira o texto da Psicóloga Thaís Gonçalves
 
O Transtorno de Ansiedade Social (TAS), ou Fobia Social como também conhecido, é um problema psiquiátrico, muitas vezes incapacitante, caracterizado pelo medo persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, no qual o sujeito teme ser avaliado de forma negativa ou de ser ridicularizado e humilhado pelos outros. O TAS tem instalação precoce, iniciando ainda na infância ou adolescência e vai persistindo cronicamente, causando uma grande limitação na qualidade de vida dos pacientes.
Esse problema pode gerar um significativo impacto social e ocupacional, pois sua presença pode levar ao abandono escolar, aumento no risco de desemprego, isolamento e evitação de situações que exijam interações sociais e situações de desempenho, por exemplo, além de aumentar o risco de desenvolvimento de outros transtornos mentais e do suicídio. Este transtorno apresenta dois subtipos: o tipo generalizado, que é o mais grave e mais incapacitante, onde o indivíduo teme quase todas as situações sociais e de desempenho. E o subtipo relacionado a situações mais específicas, que estão ligadas apenas ao seu desempenho
Pessoas com o TAS tendem a perceber as situações sociais e de desempenho como extremamente ameaçadoras e as interpretam de maneira negativa, acreditando que os outros irão criticar o modo como estão agindo. Esses pensamentos distorcidos fazem com que evitem as situações sociais ou que as suportem com grande sofrimento. Como esses indivíduos, geralmente, têm o foco atencional voltado para si, acabam por utilizar estratégias de segurança para evitar que as outras pessoas percebam sua ansiedade, impossibilitando comprovar suas distorções e assim favorece o aumento dos comportamentos temidos.
As situações sociais mais evitadas ou temidas por pessoas com diagnóstico de ansiedade social são: falar, escrever, comer e beber em público, ser o centro das atenções, ser apresentado e interagir com pessoas estranhas ou do sexo oposto, ser criticado, avaliado, entre outras. Antes da situação social temida, as pessoas com TAS frequentemente revisam em detalhes o que pensam que poderia acontecer e como poderiam lidar com as dificuldades que surgirem. Esses pensamentos distorcidos a respeito de seu desempenho serão vivenciados com grande intensidade sempre que o sujeito se deparar com a situação fóbica, e após a situação os indivíduos com TAS costumam ruminar tudo de negativo que pode ter acontecido durante a situação, buscando sempre variáveis que comprovem que o seu desempenho não foi bom ou que ele fez ou falou algo de errado. Então, a pessoa com Fobia Social tende a ter pensamentos negativos antes da situação, ao imaginar o que poderia acontecer, além de pensar negativamente durante e após a situação. Essas ruminações negativas geram um círculo vicioso, pois ao antecipar um desempenho negativo os níveis de ansiedade irão se elevar cada vez que o indivíduo se deparar com a situação.
Indivíduos com TAS tendem a utilizar estratégias chamadas de comportamento de segurança, que são um conjunto de comportamentos evitativos, por exemplo, evitar manter contato visual ao falar com pessoas ou durante uma apresentação, não falar ao telefone, esconder as mãos para que os outros não percebam tremores, falar baixinho quando está em público ou cobrir a boca com as mãos, dentre outros. Esses comportamentos têm o objetivo de diminuir a exposição às situações sociais percebidas como uma ameaça, uma vez que essas pessoas antecipem que serão avaliadas negativamente pelos outros. No entanto, essas estratégias impedem que o sujeito desconfirme a crença distorcida, além de favorecer o aumento dos comportamentos temidos e ajudar a manter a ansiedade em longo prazo.
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